segunda-feira, 14 de abril de 2014

Guilherme Arantes canta e encanta para mais de 250 pessoas no Centro Cultural. Veja a entrevista exclusiva com o cantor

Lucas Ribeiro
Fotos: Luis Novaes

Mais de 250 pessoas assistiram na noite do último domingo (13), no Centro Cultural Ana Maria Ceneviva Berardo, o show do Cantor Guilherme Arantes.

Uma das referências dos anos 1980 com suas músicas românticas, Guilherme Arantes é autor de clássicos cantados por grandes nomes como Elis Regina. 

Em seu show no Circuito Paulista, além de cantar clássicos que se tornaram hits em trilhas sonoras de novelas como "Meu mundo e nada mais", "Planeta Água" e "Lindo Balão Azul", o cantor e compositor apresenta trabalhos do "Condição Humana", álbum lançado em 2013 depois de quatro anos longe dos estúdios. 

Na oportunidade, Guilherme deu uma entrevista exclusiva para o Monte Aprazível Notícias. Vejam.

A "Condição Humana" foi um diferencial em relação aos seus trabalhos anteriores? "Ela pois em dia a minha carreira de compositor, onde eu estava a alguns anos sem lançar algo inédito e foi um disco ambicioso e a gente reuniu um resultado bem legal assim de fítica, imprensa, e me recolocou mesmo no mercado. É um disco de retomada de carreira, mas eu não tenho do que me queixar não, pois são 40 anos de trajetória, já deu para ter todos os tipos de gratificação, ainda mais na carreira por ter gravado com um monte de cantores famosos por ai, essas novas gerações também que me gravam, como o Daniel que vai lançar um disco com uma música minha "Nada Mais", então a gente tem essa alegria nessa carreira onde seguindo na voz também de outros interpretes ".

Qual foi o disco que mais lhe surpreendeu na sua carreira?"Acredito que foi o Planeta Água , pois foi um momento muito forte na minha vida, ainda mais na televisão, no festival que deu uma projeção assim muito abrangente, e assim, era uma música muito funda, uma música que deixou uma marca muito duradoura, essa é uma das canções bem especial na minha carreira".

A partir do sucesso do "Planeta Água" que foi no ano de 1981, o senhor considera que ela veio de encontro com a bandeira que você levanta em relação a questão ambientalista tão propalada no mundo contemporâneo?"É, eu sou um amante neste assunto sobre a questão do Meio Ambiente, da sustentabilidade principalmente porque a humanidade passa por um período de revisão de valores que está se vendo um dano irreversível na nosso ambiente de vida, eu acho que o Brasil é o país da produção agrícola de alimentos, é um país que precisa crescer né, então eu não sou muito ortodoxo assim, mas eu acho que o Brasil passa por um momento de emadurecimento na democracia e a gente está aprendendo né como viver e também conviver com o Meio Ambiente, mas é uma questão complexa que você envolve interesses  onde devemos ter sustentabilidade na economia, então é uma matéria que envolve todos os setores de utilidade humana, da agricultura, da mineração, da geração de energia e bem complexa a questão do Meio Ambiente".

Você se considera um ícone da música popular brasileira?"Não. Eu me considero mais um que tive uma performance nos últimos anos, a música brasileira é muito ampla, e eu dentro do meu seguimento eu consegui no meu estilo um sotaque, mas a maior alegria hoje é fazer um bom show com um belo público, que é um público que é fiel, o que é mais importante para o sucesso".

Qual sua opinião dos rumos que tomou a música popular brasileira nos dias de hoje?"É eu acho que a gente vive um momento de que a música se tornou muito utilitária, então são as festas populares, pois a musica tem que se encaixar dentro de um contexto onde ela é mais um ingrediente. Hoje eu vejo isso mais como naturalidade, eu já fiz muitas críticas, com relação da musica do axé, do sertanejo, esses gêneros mais predominantes, mas hoje eu vejo que é besteira você ficar criticando porque as pessoas tem direito de escolherem dos gêneros que estão ai. Se eles ficarem cansativos e monótonos, eles irão entrar em decadência por si só. Eu evito até mesmo de ficar criticando porque hoje tem lugar para tudo no Brasil, pois isso tudo eu vejo com naturalidade".

Sobre a sua vinda para Monte Aprazível, qual a impressão que você leva de nossa querida cidade?"Como já diz o nome, a cidade é maravilhosa, um lugar muito lindo, uma região muito bonita, a cidade muito arrumada, da uma certa inveja. Eu moro na Bahia, então não dá para comparar né a riqueza de uma região como essa e situação econômica, a ordenação urbana, aqui é outra realidade de falar. Estão de parabéns é muito bonito aqui".

Qual a sua avaliação do show de hoje?"Foi uma delícia, foi um encontro gostoso com o público e uma retrospectiva de carreira para contar todas as histórias, o que é importante. Marcar vidas, é mais importante do que obter resultados material. O que a gente quer mesmo é o resultado imaterial, ou seja marcar vidas, para que as pessoas não esqueçam do show que você fez".

O senhor quer deixar suas considerações finais?"Obrigado todo mundo, a prefeitura, ao projeto que nos trás, que é o projeto muito inclusivo, e muito importante né, que é uma agenda cultural subsidiada, pois a gente fica muito honrado de ter sido escolhido, eu fico feliz que a gente correspondeu com aquilo que o público esperava". Finalizou.

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